Sobre

A Flecha nasce como um gesto de pausa e de convite. Um site criado para provocar e inspirar escritas em um tempo em que temos parado cada vez menos para ler. A ideia surgiu justamente numa dessas andanças pelos meus dias, quando o movimento do corpo fertiliza minha cabeça, na semana em que decidi falar sobre esse espaço com o nome já definido, Letícia Fialho lançou o álbum Revoada Baile Canção. A primeira faixa, o poema “A Flecha”, diz: “Tudo o que a gente fala, a gente chama…”.

A Flecha nasce desse encantamento pelas palavras e desse pensamento inquieto: comunitário, territorializado, atravessado por sonhos e saberes que se encontram, se cruzam e se expandem para o mundo e suas múltiplas redes.

O propósito deste espaço é ser diálogo, intercâmbio, samambaia, casa-pensamento, direção e alvo.
É reunir partilhas, análises, afetos e provocações entre agentes culturais de diferentes regiões do Brasil e da Latino-América.

As inspirações que alimentam A Flecha são muitas e profundamente vivas:
– A pós-graduação em Política e Gestão Cultural da UFRB, turma da qual tenho a honra de fazer parte (2025–2026), em Santo Amaro, Bahia;
– Os grupos de pesquisa que integro: o Núcleo de Pesquisa do #QuilomboDiMaria e o Lab Gestão Pensar-Sentir;
– A Rede Cultura Viva e a Rede Nacional de Pareceristas do Cultura Viva.

Todas essas experiências, intensas e transformadoras, atravessam meu percurso neste ano de 2025 e se derramam aqui como combustível para este espaço.

Ao promover o encontro entre diferentes perspectivas, A Flecha se apresenta como um ambiente de estímulo ao pensamento, ao diálogo e à construção de caminhos para fortalecer a cultura, essa força que talvez não saiba exatamente do futuro, mas que sustenta o presente com sua imensa potência de possibilidades.

Escrevo do início da primavera de 2025, em Salvador, cumprindo uma promessa feita a mim mesma: a de voltar para todas as escritas que abandonei por anos.

Sejam muito bem-vindas e bem-vindos.

Sayonara Bezerra Malta

(Sayô Adinkra)